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“Para a Crítica da Economia Política (Resumo)

terça-feira, 1 de julho de 2008 Leave a Comment

Marx, se mostra simpatizante à Rousseau e se opõe ao pensamento de sua época onde o indivíduo de seu tempo é considerado como um ponto de partida da história idealizado, não como um resultado da história.

Critica as atuais considerações que a burguesia trata os relacionamentos sociais como meio de satisfazer seus objetivos pessoais. Ele critica ai o individualismo que esta florescendo.

A produção em que Marx se volta é a produção de indivíduos sociais. Diz que cada época possui sua produção e esta possui seus elementos constitutivos, alguns gerais e outros particulares. Na época, o elemento particular é o capital que é o que desenvolve o meio de produção. Além disso, o capital é também trabalho objetivado. Sendo assim, ele se torna uma relação natural e universal.

Produção ou é particular (setor específico) ou geral, mas sempre é um corpo social que afeta um corpo maior.

A produção, diferentemente da distribuição é representada como algo natural, assim como as relações burguesas. Já a distribuição ocorre de acordo com as condições dadas para isso. Ainda assim, é possível encontrar determinações comuns entre a produção e a distribuição, e assim extinguir as diferenças históricas ditas como naturais. Dois pontos cruciais para se entender isso são a propriedade e a lei que a protege.

Em relação à propriedade, que advém da produção que é a apropriação da natureza, seria redundante dizer que a propriedade é uma condição da produção e efêmero afirmarem que esta seja a propriedade privada.

Cada forma de produção cria sés mecanismos legais próprios. O pensamento predominante entre os economistas desta época é que a política é favorável á produção, e não à força, entretanto o próprio uso da força é um direito adquirido.

A análise econômica de Marx se dá da seguinte maneira: No primeiro estágio, a produção, o homem apropria-se da natureza criando os objetos que correspondem às necessidades; a distribuição divide os produtos em proporção aos indivíduos, de acordo com as leis; a troca fornece os produtos particulares de acordo com a distribuição.

, sendo redistribuídos segundo as necessidades individuais; e no consumo, os produtos convertem-se em apropriação pessoal de desfrute. A pessoa é objetiva e subjetiva na produção e no consumo respectivamente, na distribuição a própria sociedade media a relação produção/consumo, na troca a mediação é feita pelo indivíduo pessoalmente.

Segundo os economistas da época de Marx, a produção é a generalidade, a distribuição e a troca a particularidade e o consumo a individualidade. Desta maneira, a produção seria determinada por leis naturais, a distribuição pelo âmbito social, a troca situa-se entre ambas como um movimento social formal, e o consumo encontra-se como a própria finalidade, mas também encontra-se fora da economia fazendo com que o processo recomece.

Ao se analisar a economia, Marx no leva a perceber como certas considerações, como a população, que é a base e o sujeito do todo, é falso, pois devemos levar em considerações as classes envolvidas na sociedade, onde esta última, caso não se leve em conta as classes, não passa de uma abstração.. Se formos pensar a partir da sociedade, chegaríamos a uma teoria caótica do todo. Por isso deve-se analisa o concreto (que considera as classes), pois ele nos permite uma formulação de um conjunto de sínteses determinantes, por isso, o concreto é um processo da síntese, um resultado. Modos muito simples dos conceitos de economia como o valor de troca corresponde a população, que produz também famílias, comunidades ou Estados. Entretanto, não há posse aquém a família, haveria família que possui, porém não tem uma propriedade propriamente dita.

Nunca poderíamos afirmar, de acordo com Marx, que a posso desenvolve-se até a família. Conceitos simples sãos as relações do concreto com outro mais desenvolvido, que se encontra expresso nas categorias mais concretas, enquanto o mais desenvolvido encontra-se na mesma categoria subordinada. Desta maneira, pode-se afirmar que as categorias mais simples exprimem relações de um todo mais desenvolvido. “Nesta medida, o curso do pensamento abstrato que se eleva do mais simples ao complexo corresponde ao processo histórico efetivo”. Primordialmente, isso surge nas relações entre diferentes comunidades do que entre indivíduos da mesma sociedade. Essa característica, entretanto só é observável em estágios mais desenvolvidos da sociedade.

Desta maneira, falando da simplicidade, podemos pegar o “trabalho” como exemplo onde o mesmo sendo uma classificação moderna assim como as relações que engendram esta abstração.

“A indiferença em relação ao gênero de trabalho determinado pressupõe uma totalidade muito desenvolvida de gêneros de trabalho efetivo, nenhum dos quais domina os demais”. Tal indiferença advém da forma da qual a sociedade possibilita ao indivíduo transitar de um trabalho ao outro fortuitamente. Sendo assim, o trabalho torna-se um meio de produção de riqueza em geral, ignorando-se as particularidades.

Ao mesmo tempo em que é a mais desenvolvida, as relações burguesas também são as que possuem mais diferenciações na produção. Suas categorias e articulações nos permitem penetrar nas articulações de produção de todas as sociedades desaparecidas.

Não é somente porque as classificações da sociedade burguesa podem ser atreladas à todas as sociedades que elas não podem desenvolvidas ou atrofiadas, apesar de manterem as distinções. Somente quando a sociedade burguesa se tornou autocrítica que ela passou a entender as sociedades que a antecederam.

Da mesma maneira, toda ciência humana deve levar em conta o sujeito esta dado tanto na realidade efetiva quanto na mente (sujeito real e idealizado), as categorias expressam formas de ser, aspectos isolados da sociedade, determinações de existência que, consequentemente nenhuma sociedade se dá da maneira como a se trata.

Seria errôneo, portanto classificar as categorias econômicas de acordo com sua ordem cronológica. A ordem correta seria justamente o inverso do que pareceria natural, trata-se basicamente classificar de acordo com a hierarquia interior da economia na sociedade burguesa moderna.

O poder de um Estado por fim é definido pelo poder aquisitivo do mesmo, assim como este poder monetário é criado unicamente para o Estado. Esta é a definição da época de Marx, onde para o mesmo é extremamente hipócrita onde a riqueza anuncia a sua produção para a finalidade do Estado, considerada o único meio de produção.

Para se resolver todo este embate, entre divisão social, do trabalho, classes, sistema econômico, materialismo, individualismo e etc. Marx sugere algumas soluções: considerar as determinações abstratas gerais de acordo com a sua análise; as categorias que assentam a classes fundamentais, suas relações, capital, as três classes sociais; “síntese da sociedade burguesa na forma do Estado; relações interrnacionais; e por fim, o mercado mundial e as crises.

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