Apocaliptico... Desastre cinematográfico

domingo, 16 de dezembro de 2007 Leave a Comment

Mel Gibson como diretor representou uma característica pessoal, um fanátismo religioso, do tipo que acha que pagãos ainda sejam "hereges" e que todos devem se tornar cristãos, mesmo que paganismo propriamente dito não existe, é na verdade m termo criado pelos cristão da baixa idade média para designar pejorativamente os não cristãos, focando-se nos "bárbaros".

Segundo ponto, em nenhum momento do filme, diz que aqueles sejam os Maias. No final do filme concluí que fossem os Astecas. Simples, os únicos colonizadores que tiveram guerra com estas civilizações americanas desenvolvidas foram os espanhóis, e a guerra começou com os Astecas. Depois com os Incas. O fim da civilização Maia ainda é um mistério, mas se suspeita de seca.

Bom, vou começar as críticas ao filme.
Na cena, em que eles caçam uma mula, sei lá, um bicho. Eles comiam determinadas partes do bicho para ajudar em alguma coisa da pessoa. NUNCA, um povo indígena, iria utilizar-se de um animal para uma brincadeira estúpida como aquela (no caso, o índio não conseguia ter filhos; deram um testículo, pois ele "ajudava" na virilidade, mas depois se mostrou ser uma brincadeira, para tirar sarro do outro (o não fértil). Um índio nunca faria este tipo de brincadeira, animais são sagrados.

Segunda parte que critiquei, sobre o comportamento da tribo, e a própria tribo sim. A tribo inteira sacaneava este índio não fértil. isso nunca seria motivo de piada, haveria intervenções xamânicas, que a propósito, onde estava o líder espiritual da tribo? Não tinha, o "líder" era um guerreiro. Líderes nestes povos são os xamãs.

O que isso me fez pensar nesta primeira parte do filme (pré-ataque). Gibson colocou nos mocinhos uma espécie de comportamento ocidental. Sacanear, o líder é um guerreio, o que possui força, possui uma moral (muito semelhante à nossa), mas, a única diferença é que eles vivem na selva. Pois bem, ta tudo errado, ocidentalizar o mocinho nesta primeira parte do filme esclarece a falta de respeito do filme em geral. Mas isso falo depois, com a conclusão do filme.

Agora a segunda parte do filme, que engloba.

1- O ataque da tribo por um povo desconhecido

2- O aprisionamento na civilização

3- Os sacrifícios

4- O eclipse-solar

5- A Fuga

Essa primeira parte já é errônea. As tribos indígenas ao longo do continente sabiam da existência das civilizações mais desenvolvidas. Muitas destas tribos eram fugitivas destas nações, que eram também opressoras, e muito sanguinárias. Pois bem, o filme, nesta parte deixa o telespectador mais ignorante, filme passa mensagens que as pessoas acreditam, faz sentido. E uma falha histórica como esta NÃO é inocente.

O princípio há nada de errado, mas há uma observação extremamente interessante. Aquelas pessoas com pó branco, explorando um tipo de minério branco. Aquilo, muito provavelmente é ortósio. Com uma decomposição artificial do ortósio pelo contato direto do mesmo com um hidrato alcalino-terroso (parece cal viva - massa feldspato-cálcica), produz-se uma radiação alpha, beta e gama. Isso era utilizado nas pirâmides (ou plataformas) para emitir sinais, para que? Pois bem, Gibson sabia da exploração do ortósio, então ele sabe muito mais coisa sobre estes povos do que a maior parte das pessoas, então se ele errou, não foi por ignorância, foi intencional. Isso é uma evidência, correta ou não, mas me faz pensar sobre isso.

Os sacrifícios. Bom, havia um rei e uma rainha e um xamã. Hmm, os reis eram os alto-sacerdotes, falha? Outra coisa interessante, os olhos verdes de Rei. Estranho, alguém conhece índio de olho verde? Eu não. Mas sei que os Celtas tinham olhos verdes, e tem relação com os povos mesoamericanos (leiam "O Livro do Mistério Desconhecido" de Robert Charroux), será que Gibson também anda estudando os mistérios das civilizações antigas? Agora falado diretamente sobre os sacrifícios. Ocorriam da forma historicamente conhecida, ao Deus sol, etc. Mas muitos sacrifícios eram voluntários, o filme mostra que os sacrificados eram somente os seqüestrados.

O eclipse-solar. Aquilo foi uma insulta aos conhecimentos das civilizações antigas, desde séculos antes de Cristo gregos já previam os eclipses. Os Olmecas, maias, incas, toltecas, astecas, etc. Todos eles possuíam um conhecimento astronômico sem tamanho. Sabiam de coisas que só fomos descobrir após Einstein. Aquilo foi uma insulta.

A fuga. Esta parte foi muito boa. Gostei. Reencontro com o seu eu, seu animal de poder, vencer obstáculos, sobrevivência, ultrapassar as emoções humanas. Sim, isso é o índio.

Bom, a minha conclusão a cerca da segunda parte do filme. Gibson quer mostrar que os estas civilizações tinham cultos a falsos deuses, cultos sanguinários, sem moral, animalescos, e tudo falso. Pois não tinham conhecimento, e endeusa o desconhecido. Acho que todos nós aqui sabemos que não é bem assim né?! Os eclipses-solares eram conhecidos, a civilização não era caótica como é mostrado, muito menos animalesca. A sua moral e seu comportamento é simplesmente diferente, é um povo que veio da mata. A lei do mais forte. Ou seja, quadno Gibson mostra esse povo com um comportamento animalesco como vilão e a tribo "ocidentalizada" como mocinha, o que vocês acham que ele quer dizer? O comportamente "selvagem" é incorreto, desumano, deve ser mudado. É a apologia ao comportamento "civilizado" do ocidente, e a desvalorização do comportamento notivo-americano. Nem preciso falar o quanto isso é escroto, e patético.

Bom, vamos a terceira parte do filme.

A chegada dos Colonizadores.

Bom, eu não consegui identificar a bandeira, mas consegui ver as armas e a cruz. Isso é de uma simbologia enorme, e extremamente ofensiva a cultura nativa. Pois bem, como disse antes, pela estética do filme, esta civilização possui uma falsa espiritualidade, é selvagem, sanguinária, maligna, repulsiva. O filme tem seu lado profético, a cerca do jaguar, que vem para mudar, a nova era.

O jaguar mostra a nova era para estas civilizações, a nova era, que guiará o povo ao caminho. E ele mostra isso, as caravelas, a Cruz.

Conclusão da história. Gibson deixa bem claro que as civilizações antigas deviam ter sido "educadas", deviam ser civilizadas e evangelizadas, e qualquer ferramenta seria utilizada para isso. Na frente vem a cruz, atrás tem a arma. Gibson neste filme retira os espanhóis como vilões, colocam no seu lugar estas civilizações. Os espanhóis se tornam quase que mocinhos, mas eles faziam aqui em nome de Deus, e a sua vinda já era esperada pelas civilizações antigas. Moral da história. Aquilo deveria ter ocorrido, a era deles acabou a sua cultura acabou, pois assim Deus quis, e eles próprios, eles esperavam pela nova era.

Pois bem. Os Astecas podiam ter acabado com os espanhóis, os espanhóis tinham de 500 a mil homens armados. Havia mais de 10 mil índios, que conheciam o lugar, sabiam lutar com armas brancas e arco, eles poderiam ter aniquilado os espanhóis, mas a entrega foi "pacífica" o líder asteca da época permitiu sua derrota. Irei buscar os livros que falam disso, realmente não estou lembrado qual é. Mas explica isso melhor.

E isso bate um pouco com a filosofia xamãnica, com a questão dos extraterrestres. Talvez a entrega deles tenha sido feita pela nova era mesmo. Mas não era pela sua cultura, entrega de sua cultura, que deve ser extinta pelo cristão. Não, eram esperados outros seres. Os deuses (ou ET´s). Sua cultura não era maligna, ela veio da selva, da floresta, se segue as suas regras.

2 comentários »

  • Anônimo said:  

    apesar dos contras,,,, gostei MTO do filme!!!!

    ricardo